"Em 1953 a Laelia jongheana já era citada no livro: As orquídeas e sua cultura, do autor João S. Decker, como '(...) quase exterminada nas suas zonas de dispersão natural'. (...) ocorria na região de Ouro Preto - MG (...). Existia também na Serra do Caraça e na região do Pico do Itambé, próximo à cidade de Diamantina, ou seja, no maciço da Serra do Espinhaço, Minas Gerais".
"As plantas deste habitat do passado foram totalmente exterminadas pelos catadores".
"Em 2003 um amigo orquidófilo chamado Jovino, que viajava bastante pelo interior do Espírito Santo, falou da existência de planta semelhante na região de Ibatiba, cerca de 130 km de Vitória (...). As plantas são muito dispersas e vegetam nas árvores em topos e morros pequenos, em altitude aproximada de 1.000 m (...)".
"Em 2007, tivemos a oportunidade e privilégio de conhecer possivelmente o último grande habitat desta espécie no Estado de MG (...). Levamos quase um dia inteiro para conseguirmos chegar ao pé da montanha. As plantas ocorrem em mata nebular e também nas beiras dos penhascos, sempre voltadas para o lado dos ventos, onde recebem muita umidade das nuvens à noite. A altitude de ocorrência varia entre 1.200 m e 1.500 m".
"As plantas estão [grosso modo] em pleno sol, porém, uma camada de musgo atua como uma esponja e mantém a umidade durante a maior parte do dia, mesmo com vento e sol intensos (...). Geralmente à noite é que as plantas são molhadas pela neblina ou pelas nuvens que passam (...)".
"O cultivo dessas plantas pode ser em substrato bem arejado, em vaso de barro pequeno para secagem rápida, mas, de preferência, podem ser fixadas em palito fino de xaxim ou madeira resistente à podridão, entretanto, neste último caso as regas devem ser aumentadas. As plantas gostam de ficar úmidas e o ideal é que sejam molhadas no fim da tarde. Não se adaptam ao clima quente e gostam de uma queda acentuada na temperatura durante a noite".
"Esta espécie (...) não forma espata, os botões emergem diretamente de dentro dos brotos em formação. as flores (geralmente uma a duas por broto) possuem diâmetro de cerca de 12 cm em forma de estrela".
É difícil encontrar plantas com pétalas largas, assim como variações acentuadas da tonalidade lilás 'tipo'. Pouquíssimas plantas albas foram encontradas no passado, na natureza, entretanto, atualmente estão sendo reproduzidas com sucesso pelo método assimbiótico. Desconheço as variedades coerulea e semi alba nesta espécie [1]".
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Laelia jongheana ("seu nome, sua identidade")! |