Em agosto de 2012 eu fiz uma postagem sobre o Catasetum macrocarpum - flor feminina, mas de lá para cá foram intensas as floradas e a melhoria da qualidade das fotografias.
No último ano, 2013, meus Catasetums macrocarpum floriram de forma incessante, sempre alternando entre as flores masculinas e as flores femininas (o que ocorreu também - pela primeira vez - a origem de robustas cápsulas de sementes, que ainda perduram até os dias atuais): as flores iniciaram em fevereiro e as novas hastes se renovaram até o mês de novembro, num total de mais de 110 flores femininas (somando a produção das 2 plantas que possuo).
“Do grego kyrtós: curvado + pódion: dimin. De pús, podós: pé, pezinho curvado. Alusão à base da coluna curvada para
cima (...); prolongamento basal da coluna, formando um pequeno arco
que se estende (...). Varia em relação ao tamanho de seus pseudobulbos,
apresentando-se: fusiformes, cilindrico-fusiformes, cônico-fusiformes,
cônico-oblongos, cônico-ovóides, ovóides ou arredondados (...)”.
“A maioria das espécies do gênero
Cyrtopodium foi atribuído a um nome de família para homenageá-la, ao lugar onde
o mesmo foi encontrado ou ao aspecto da planta. São exemplos: C. andersonii
(Anderson), bradei (Brade), Sarneyanum (Sarney), cipoense (Serra do Cipó/MG),
cachimboense (Serra do Cachimbo/PA.), roraimense (Roraima) ou triste (flores
voltadas para baixo em dias ensolarados), pallidum (pelo labelo róseo pálido) e
gigas (pelo porte gigantesco da planta)”.
“Este gênero tem grandes
pseudobulbos claviformes, medindo alguns centímetros a mais de um metro, com
numerosas folhas pregueadas e brácteas coloridas. As folhas são herbáceas,
bilateralmente alternadas com nervuras longitudinais prominentes, plicadas, com
pseudopecíolo conectado na base da bainha que envolve o pseudobulbo. A
inflorescência é basal, ereta, rígida, simples ou ramificada, normalmente mais
alta que as folhas”.
“As flores podem ser vistosas ou
pouco ornamentais, pediceladas e de textura relativamente carnosa, com brácteas
lineares ou lanceoladas, muitas vezes de colorido vistoso ou pintalgadas. Em relação à flor, possui labelo trilobado com lobos laterais voltados para
cima e algumas vezes encobrindo parte da coluna; o lobo mediano quase sempre
apresenta um disco caloso. As políneas são em número de duas, globosas e
ceróides[1]”.
Quanto ao “Cyrtopodium polyphyllumé uma espécie terrestre/rupícola
com habitat de populações que se distribuem ao longo de quase todo litoral brasileiro,
mas podendo também ser encontrado na Amazônia brasileira. Apesar de seu hábito
predominantemente terrestre nas areias, a espécie pode também apresentar hábito
rupícola nas encostas litorâneas de baixa altitude e mesmo distante do litoral.
Possui pseudobulbos fusiformes, acentuadamente alongado de 20 a 100 cm de
altura inflorescência paniculada de 60 até mais de 100 cm de altura; suas
flores variam consideravelmente de tamanho, 2,5 a 3,3 cm de diâmetro sendo
que nas populações do sul do Brasil é aonde se encontram as menores flores;
exibem colorido amarelo claro com nuances esverdeadas, mas com o labelo amarelo
vivo; o calo é formado por diminutas granulações (calosidade granular) tingidas
de vermelho-alaranjado[2].
Observação endógena: desde algum tempo comecei a vislumbrar a possibilidade de ter um Cyrtopodium. Encanta-me neles a generosidade das flores e a robustez dos seus pseudobulbos (da planta como um todo). Quando ele chegou até mim, em outubro de 2012, eu achai de se tratava de 'Catasetum macrocapum agigantado'. De onde veio estava se desenvolvendo sobre o solo. Resolvi colocá-lo numa situação de planta epífita e misturei substrato com outros detritos, colocando-o num vaso relativamente amplo. A renovação de pseudobulbos foi rápida e eficaz e em outubro de 2013 ele iniciou a primeira floração (talvez a primeira da sua vida, pois não constava nenhum sinal de florações anteriores).
Foram mais de 2 meses entre o aparecimento das robustas hastes e a eclosão das primeiras flores. A haste de maior comprimento atingiu mais de 50 cm e a quantidade de cerca de 156 flores. A plenitude das flores durou cerca de 30 dias, mas secaram antes do fim do ano; atualmente já possui uma diversidade de bulbos recentes, quase adultos.
Uma postagem que há neste blog, sobre o Epidendrum nocturnum, é umas das 10 mais vistas (dentre todas as postagens populares) sinal que trata-se de uma orquídea curiosa, mas de pouca comercialização/informações (acredito).
No ano passado (2013) ela começou a florir em abril, manteve-se renovando suas flores constantemente, por meio de 4 pseudobulbos (entre os antigos e os mais novos) em plena geração de flores; ao todo já são 19 flores e ele ainda não parou de florir, em janeiro de 2014.
"Orquídea
epífita nativa no Brasil, encontrada em matas úmidas e luminosidade natural de
60%, vegetando em troncos de árvores, em touceiras cujos caules medindo em
média 25 cm de comprimento, são recobertos em toda sua extensão por folhas
contíguas e intercaladas até a ponta, lembrando o formato de pequenos corações
verdes sobrepostos, de onde saem das junções das folhas, no terço superior e
principalmente no ápice da haste, de 1 a 3 flores pequenas, pouco maiores
que a cabeça de um palito de fósforo, coloração amarelo-ouro, e máculas
pintalgadas de ocre ou amarronzada no labelo”.
“Aceita
plantio em vasos pequenos, com boa drenagem, em substrato formado
preferencialmente por uma mistura de esfagno e xaxim, ou ainda casca de coco.
Adapta-se bem em placas de xaxim ou lascas de madeira (...)”.
“Desenvolve-se
melhor com regas diárias quando plantada em placas cuja drenagem é muito
rápida. Melhor colocá-la para o lado do nascer do sol exposta a luminosidade
normal até 10 h da manhã (...)”.
Espécie:Lockhartia lunifera Reichb. (...) lunifera, do latim “luno, -
are, - atum”, dobrar em forma de meia-lua, dispor em arco[1].
Observação endógena: esta pequena, veio como um brinde, por ter realizado uma compra de um orquidófilo de Tocantins (Norte do Brasil). Eu não sabia nada sobre ela e encontrei informações precisas no Blog da Bete Orquídeas que, por sinal, tem (tinha) quase tudo sobre o mundo da "orquidofilia".
O fato é que, inicialmente, coloquei-a sobre a superfície de um vaso, repleto de diversos tipos de substratos, mas ela não avançava no crescimento; depois transferi-a para um pedaço de madeira, pendurado e envolvido com esfagno e o resultado foi quase imediato, com o crescimento de novas estruturas, produção de flores e depois cápsulas de sementes.
A princípio foi plantada assim, mas não deu bons resultados de crescimento, nem flores.
Atualmente está assim plantada e com essa boa quantidade de flores.
Resolvi, então abrir as postagens de 2014 com mais um sonho em pauta (daquele quase irrealizável por enquanto, mas um sonho). Segue, portanto, mais uma 'lista apressada' (para além da primeira e da segunda), dos desejos sobre a conquista de Orquídeas!
Cattleya intermedia Flamea Unicolor Joacir X C. intermedia Unicolor. Disponível.