Encyclia oncidioides
Uma historieta
de flores
RESUMO
Este artigo
apresenta a trajetória de uma orquídea que fora coletada no seu habitat
natural, porém, desprendida da árvore que lhe sustentava, logo tombada sobre o
solo, prestes a morrer. Inicialmente e de forma breve, o artigo aborda sobre o
gênero em questão, qual seja: Encyclia. E depois faz apontamentos sobre sua
ligeira recuperação e florações (período compreendido de 05 anos). Trata-se de
um gênero e espécie de orquídeas de agradável odor ao olfato humano (quando
floresce), além de ser de porte grande e floresce em quantidades
surpreendentes.
PALAVRAS-CHAVE: orquídeas; encyclia osmantha;
desenvolvimento de orquídeas; floração de orquídeas.
This paper presents the trajectory of an orchid that had
collected in their natural habitat, however, detached from the tree that held
him, then tumbled on the ground, about to die. Initially and briefly, the
article discusses about the genre in question, which is: Encyclia. And then
make notes about your blooms and slight recovery (period ranging from 05
years). It is a genus and species of orchids from pleasant to smell human odor
(when blooming), besides being sized and large blooms in amazing amounts.
KEYWORDS: orchids; encyclia osmantha; development of orchids; flowering orchids.
"Encyclia é uma orquídea epífita, de crescimento simpódico (como ocorre na maioria delas), e que costuma florescer no verão. Esta que nos referimos fora adquirida em 2007 e acompanhamos sua recuperação, desenvolvimento e floração até 2011. Sobre as orquídeas de modo mais amplo e – inclusive – outro artigo já publicado (sobre o gênero Epidendrum fragrans, num blog relacionado) pode ser acessado pelo link abaixo referenciado"[1].
“O cultivo da Encyclia
é fácil, principalmente - como tantas outras epífitas – se mantida sobre
árvores; mas a sobrevida é longa em vasos; fibras não compactadas. Diversos
materiais podem ser usados, desde os pedregulhos de quartzo com um pouco de
raízes de coqueiro, bem desfibrados"[2].
“Encyclia pertence a um largo gênero de orquídeas tropicais e
subtropicais das Américas e Índias. Em sua maioria apresenta flores de pequeno
porte, algumas perfumadas, em hastes rígidos de até 50 cm , com
touceiras na base; pode gerar até 60 flores por haste. A maior parte das
espécies é encontrada no México e Índia. Poucas espécies deste gênero são
endêmicas da América do Sul. Estas orquídeas requerem cuidados semelhantes às
cattleyas, mas as necessidades variam de acordo com a espécie"[3].
Sobre esta orquídea tratada
neste artigo gostaríamos de versar sobre a sua aquisição. Esta se trata de uma
orquídea que estava arrancada de sua base normal (árvore) de maneira que não
possuía praticamente nenhuma raiz em bom estado e seus pseudobulbos bastante
maltratados e danificados, além de enrugados, de modo que nós não julgávamos
sua recuperação. No entanto, surgiu um novo pseudobulbo (este que deu as
primeiras flores) a partir de outro (por sinal o mais sofrido), já que estava
obscurecido, como se estivesse definhado e não possuía sequer resquícios de
folhas, mais que isso era o que embasava todos os demais (num total de 3).
Diante de todas as situações de maus tratos que esta
orquídea sofreu logo depois que sua base de sustentação (a árvore) fora cortada,
é extremamente vitoriosa a sua floração, que atingiu um bom número de 23
flores, somente na 1ª.
Abaixo mostramos uma descrição da ocasião de suas
flores, num período compreendido por 05 anos.
Pois bem:
§ A
1ª floração ocorreu entre nov. e
dez. de 2007 (nos referimos ao
processo compreendendo entre a primeira observação empírica do aparecimento de
uma haste floral até o padecimento da última flor ou a observação da primeira
formação de cápsula de sementes); tratava-se de apenas 01 pseudobulbo a florir
e que atingiu a quantidade máxima de apenas 23 flores, em algumas delas houve a
fecundação e a formação de cápsulas de sementes. E somente em maio do ano
seguinte as cápsulas de sementes se romperam e o vento levou as minúsculas
sementes.
§ A
2ª floração ocorreu entre nov. de
2008 e fev. de 2009. Desta feita
ocorreu em 02 pseudobulbos e uma quantidade máxima de apenas 35 flores que
também geraram sementes.
§ A
3ª floração aconteceu entre set. de
2009 e jan. de 2010. Em nada
mais nada menos que 04 pseudobulbos (estes já bastante desenvolvidos - a
orquídea estava completamente recuperada e formando excelentes bulbos, folhas,
raízes e flores). As flores desta florada somaram 275 – ultrapassando em pelo
menos 08 a média considerada paradigmática para este gênero, por haste -;
também houve a formação de cápsulas de sementes. Quanto às hastes florais,
observamos o seguinte: em 06/11/2009 suas hastes já estavam bem desenvolvidas;
em termos de tamanho métrico já ultrapassavam 1 m de altura. Em 25/01/2010 nós pudemos observar que
algumas flores já perdiam vitalidade e os ramalhetes começavam a entrar em
decadência. Portanto, a floração do ano de 2009, perpassava ainda com algum
vigor para 2010. Grosso modo podemos esclarecer que tal floração durou quase 60
dias, se levarmos em conta apenas o período compreendido entre a abertura das
primeiras flores e a visualização real de sua inexistência. Porém, desde o
aparecimento da primeira haste floral (em 20/09/2009) até esta última fase
citada nós observamos ter um tempo médio de 04 meses. Salientamos que ainda em
fev. de 2010 havia uma flor em transformação para cápsula de sementes, a
única desta feita.
§ Quanto à 4ª floração, veio entre set. de 2010 e fev. de 2011 e em 05 pseudobulbos, que fizeram nascer e exalar perfume por pelo menos 377 flores (mais de 30 acima da média), sendo que em algumas delas também houve fecundação, por insetos e abelhas ou o vento, certamente. Ao tempo em que ela desenvolvia esta floração, nós fizemos uma análise mais detalhada de sua estruturação e constatamos: em 24/10/2010 já havia 13 pseudobulbos válidos, dentre os quais o maior – em altura – possuía 26 cm e aproximadamente 4,9 cm de diâmetro; a folha mais comprida media 66 cm. Ao passo que, no dia 01/11/2010 medimos a altura da haste floral – daquela que mais de destacava – esta chegava a 95 cm. Em resumo podemos dizer o seguinte sobre esta 4ª floração: a primeira haste floral apareceu para nós em 03 de set. de 2010. Quanto à abertura das primeiras flores deu-se somente 03 meses depois, em 22 de dez. de 2010. A plenitude das flores foi alcançada somente por volta do início de jan. de 2011; o término parcial deu-se por volta do dia 09 de fev. de 2011. Foram cerca de 05 meses desde a abertura das primeiras flores até a formação de cápsulas de sementes.
§ Quanto à 4ª floração, veio entre set. de 2010 e fev. de 2011 e em 05 pseudobulbos, que fizeram nascer e exalar perfume por pelo menos 377 flores (mais de 30 acima da média), sendo que em algumas delas também houve fecundação, por insetos e abelhas ou o vento, certamente. Ao tempo em que ela desenvolvia esta floração, nós fizemos uma análise mais detalhada de sua estruturação e constatamos: em 24/10/2010 já havia 13 pseudobulbos válidos, dentre os quais o maior – em altura – possuía 26 cm e aproximadamente 4,9 cm de diâmetro; a folha mais comprida media 66 cm. Ao passo que, no dia 01/11/2010 medimos a altura da haste floral – daquela que mais de destacava – esta chegava a 95 cm. Em resumo podemos dizer o seguinte sobre esta 4ª floração: a primeira haste floral apareceu para nós em 03 de set. de 2010. Quanto à abertura das primeiras flores deu-se somente 03 meses depois, em 22 de dez. de 2010. A plenitude das flores foi alcançada somente por volta do início de jan. de 2011; o término parcial deu-se por volta do dia 09 de fev. de 2011. Foram cerca de 05 meses desde a abertura das primeiras flores até a formação de cápsulas de sementes.
§ Já
na 5ª floração, ocorrida entre out. de
2011 e jan. de 2012, em 04
pseudobulbos, foram originadas tão somente 275 flores e não se formou cápsulas
de sementes, fator, acreditamos ocorrido por conta de ter havido mudança dela
para outro vaso, certamente num momento inoportuno, bem como alterações no
orquidário, que acarretou maior incidência de luz direta em todas elas.
No ano seguinte (por volta de abril
de 2012) tornou-se necessária a divisão do exemplar, o mesmo já não cabia o
vaso anterior.
Após
o corte, novas raízes somente surgiram a partir de 07/06/2012 – quase 02 meses
depois. Este ano acreditamos que não haverá floração, haja vista a temporada de
flores para as Encyclias estar bem próxima e ela mantém apenas 2 frágeis
pseudobulbos em potência para florir.
Este artigo foi primeiramente publicado no site WebArtigos e pode ser visto através do link:
http://www.webartigos.com/artigos/encyclia-osmantha-uma-historieta-de-flores/94670/
[1] Disponível em: <http://www.orquideas-bromelias.blogspot.com.br/2012/05/1-pseudo-artigo-epidendrum-fragrans.html>
Este artigo foi primeiramente publicado no site WebArtigos e pode ser visto através do link:
http://www.webartigos.com/artigos/encyclia-osmantha-uma-historieta-de-flores/94670/
[1] Disponível em: <http://www.orquideas-bromelias.blogspot.com.br/2012/05/1-pseudo-artigo-epidendrum-fragrans.html>
Obrigado por compartilhar. Maravilhosa planta.
ResponderExcluirabraços
Eu que agradeço a leitura. Abraço.
ResponderExcluirJalo
Excluirme diz, quais as plantas que gostaria de tentar o cultivo aí no nordeste?
Se eu tiver, envio de presente para teste.
abraços
Agradeço, também aqui, a gentileza incrível da Bete, do Blog da Bete Orquídeas, ao ceder lindas mudas para nós! Muitíssimo agradecido!
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